quarta-feira, 4 de maio de 2011

Memória de Frei Bento

Ao celebrarmos a ressureição do Senhor, hoje também queremos renovar a certeza da ressureição que nos é conferida a todos aqueles e aquelas que repousam em Cristo a sua esperança. Nosso confrade Frei Bento, que adormeceu nesta vida nos deixa marcas profundas de sua existência nesta cidade terrena. Inspirado pelo vigor evangélico de Francisco de Assis deixou sua pátria, e aqui nas terras brasileiras estabeleceu o cerne de viver a sua vocação como missionário franciscano. Pouco conheço a história deste homem, mas o que conheço relembro com ousadia. O marcante fora sua dedicação de vinte e cinco longos anos entre os índios Tirió, missão árdua e bem desafiadora. Logo após estes anos nosso confrade foi transferido para a cidade do Recife, mas por forças de adaptação pediu transferência para um região interiorana. O certo é que ao longo destes últimos meses, frei Bento tornou-se membro desta fraternidade por motivo de restabelecimento de sua saúde. Parece-me que depois de uma longa missão foi dada a hora de subir a montanha, a do calvário. Lembro-me do dia em que fomos interna-lo a sua esperança em querer logo restabeleceu a sua saúde e retornar ao convívio da comunidade de Mutuca, lugar onde o nosso confrade realizou sua ultima missão pastoral junto ao povo de Deus. Esperança esta que permeou o coração dele durante sua estadia no hospital. Acredito que sua missão também não se acabou no hospital, pelo contrário ela se intensificou. Ao chegar ao hospital todos já sabiam da presença do frade, bom era a hora do passeio pelos corredores todos paravam para cumprimentá-lo e ao mesmo tempo ele retribui em palavras de animo ou se não pelo seu sorriso. Os confrades desta casa tiveram a oportunidade de conviver, mas diretamente com ele, quando um dia ele mesmo disse: “estamos tendo a chance de nos conhecermos melhor.” Várias vezes tivemos a oportunidade de partilhar a vida, sobre tudo a de consagrados às vezes com o olhar humano e outras mais eficazes com olhar do Espirito. Não temos sombra de dúvidas, que o calvário de frei Bento é um apelo a nossa conversão e por isso a nossa fraternidade é agradecida a Altíssimo Onipotente e Bom Senhor por termos sido instrumentos de cuidado e afeto. Quantas vezes nós frades jovens ouvimos ao raiar de um novo dia após termos passado a noite com ele no hospital... – Frei temos que ir. – Ele respondia: é o jeito! Queremos em quanto fraternidade provincial confiar ao Bom pastor a alma deste teu filho, que ousou viver o Evangelho. Ao mesmo tempo confiamos a Deus a vida dos agentes de saúde que se dedicaram no cuidado profissional de nosso confrade, e de maneira especial a nossa amiga Rejane. E tantos irmãos, amigos e conhecidos que direta e indiretamente trilharam conosco este caminho. E por fim, já em uma das ultimas noites em um conversa com ele, o própria dizia: “resta acreditar nas possibilidades do coração.” Paz e Bem!
Frei Dennys Santana Ferreira, OFM

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Que o clamor do teu povo e a busca feitas pelos frades de viver o Evangelho na forma vivida e proposta por São Francisco de Assis, façam surgir, com tua graça, novos “Irmãos Menores”, para o serviço da igreja de teu filho. Amém.