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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Francisco prepara um presépio no dia de Natal

Sua maior intenção, seu desejo principal e plano supremo era observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os "passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina". Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outras coisas.
Precisamos recordar com todo respeito e admiração o que fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: "Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro". Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo tinha dito, no lugar indicado.
Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade.
A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em sua alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava. O santo parou diante do presépio e suspirou, cheio de piedade e de alegria. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote que a celebrou sentiu uma piedade que jamais experimentara até então.
O santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era "uma voz forte, doce, clara e sonora", convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes,-quando queria chamar o Cristo* de Jesus, chamava-o também com muito amor de "menino de Belém", e pronunciava a palavra "Belém" como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição. Também estalava a língua quando falava "menino de Belém" ou "Jesus", saboreando a doçura dessas palavras.
Multiplicaram-se nesse lugar os favores do Todo-Poderoso, e um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.
Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado sua santa misericórdia. De fato, muitos animais que padeciam das mais diversas doenças naquela região comeram daquela palha e tiveram um resultado feliz. Da mesma sorte, homens e mulheres conseguiram a cura das mais variadas doenças.
O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e não contaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor, que se ofereceu por nós com todo o seu inefável amor e vive com o Pai e o Espírito Santo eternamente glorioso por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia.
Tomás de Celano – Primeiro Livro (Fontes Franciscanas)

Francisco e o presépio

Nós todos aprendemos a gostar de São Francisco ao longo de nossa vida. Encontramos vestígios dele no rosto de certos irmãos e de muitas irmãs. Difícil dizer o que mais encanta. Tudo nele é força na fragilidade e ternura vigorosa. Por vezes, por vezes mesmo, ele nos lembra Cristo Jesus. Os dois se parecem demais.
Gostamos de vê-lo, simples, despojado, caminhando pelas ruas, dizendo que o Amor não é amado. Vai gastando todas as suas energias para dizer a todos os homens que será preciso mudar o coração, fazer penitência.
Ficamos extasiados ao vê-lo passar horas, noites e dias em oração. Ele é o amante das grutas e dos espaços virgens onde a mão humana pouco se faz presente. A impressão que se tem é que Francisco faz sua vida desenrolar-se continuamente na presença de Deus. Ele não é homem de oração. No dizer de Celano, ele é a própria oração. Tarefa alguma pode fazer com que venhamos a perder o espírito de oração e da santa devoção. Por sua vida, ele assim nos ensina.
Gostamos de freqüentar Greccio, nossa Belém. Nunca ninguém soube tão bem festejar o nascimento de Deus na terra dos homens: palha, despojamento, frades encantados e extasiados, homens e mulheres com tochas acesas e Francisco, feito um dançarino de Deus, cantando a glória do Menino das Palhas, no Menino Pobre, do Deus que se toma criança.
Gostamos de nos sentar contemplativamente diante da rudez e majestade do La Verna. Frei Francisco, Frei Leão, o irmão falcão, os abismos, o verde, o serafim e as chagas de Jesus na carne de Francisco nos envolvem e nos encantam.
Gostamos de ver Francisco caminhando pelas terras da Úmbria atrás dos leprosos, dos mais abandonados, fazendo-se amorosamente presente na vida das pessoas.
Por vezes, gostamos de imaginar esse bando de gente simples, de pés no chão, de braços alevantados, estes frades com Francisco, louvando o Senhor, deixando que o sol, que o Irmão Sol lhes queimasse o rosto e sendo acariciados pelo suave Irmão vento ou pela Irmã Brisa. Gostamos de ver chegar Irmã Jacoba nos derradeiros momentos, trazendo a mortalha do Pai e aqueles doces de amêndoa que só ela sabia fazer e de que ele tanto gostava. Gostamos do Francisco humano, verdadeira e belamente humano.
Gostamos de ver Francisco como aquele que tudo descomplica: sem preocupações mundanas, sem bens materiais, sem cultivo do ego, sem vontade de aparecer, não reclamando nada.
A impressão que se tem é que Cristo veio outra vez viver entre nós na delicada e vigorosa figura de Francisco de Assis.
Texto extraído do livro “Por que todos andam atrás de ti?”, de Frei Almir Ribeiro Guimarães. Publicação da FFB, 2005, que pode ser adquirido na loja virtual http://www.lojafranciscanos.com.br/
Frei Almir Ribeiro Guimarães, ofm
 fonte:http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/especiais/2010/presepio_2010/presepio.php

São Francisco e o Natal

Para São Francisco, o Natal é a festa das festas, porque o Filho de Deus se revestiu da verdadeira carne da nossa frágil humanidade, para a nossa salvação; e por isso quer que seja celebrado com alegria e generosidade para com os pobres e mesmo para com todos os animais. Numa singular intuição une e funde o mistério da encarnação, na pobreza e humildade, com a eucaristia.
Por isso quer "ver", com os próprios olhos do corpo, o Natal da celebração eucarística, e criar um ambiente sugestivo para um encontro real com Jesus eucarístico, acolhido na humildade de uma gruta. Assim é o presépio de Greccio, no Natal de 1223. Aquilo que Francisco quer ver e fazer entender é a pobreza-humilhação do Filho de Deus na sua vinda ao mundo, tal qual acontece diariamente na eucaristia. O binômio Belém-eucaristia é de tradição bem mais antiga, que vê o altar como presépio.
Francisco tem a originalidade de atualizá-lo em formas plásticas e simples, ao vivo. Seu desejo era o de fazer nascer Jesus menino e as suas virtudes nos corações de todos e o de fazer "ver" o momento da salvação no Natal-eucaristia.
O mérito de São Francisco não foi o de ter inventado uma cena que todos poderiam reproduzir, mas o de ter mostrado com que sentimentos de coração devemos nos acercar do Menino Jesus.
Cesarius Van Hulst
fonte: http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/especiais/2010/presepio_2010/sfnatal.php

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ORAÇÃO PELAS VOCAÇOES FRANCISCANAS

Senhor da messe, que despertas os corações para o serviço e a solidariedade, faz surgir entre os jovens, vocações para manter a vida e a missão desta fraternidade franciscana, presente neste sofrido nordeste brasileiro, entre os índios Tirió e na Alemanha.
Que o clamor do teu povo e a busca feitas pelos frades de viver o Evangelho na forma vivida e proposta por São Francisco de Assis, façam surgir, com tua graça, novos “Irmãos Menores”, para o serviço da igreja de teu filho. Amém.