Por
Frei José Lucinaldo da Silva, OFM.
Natal
significa o dia do nascimento à festa de Jesus Cristo. Dessa forma a festa do
Natal celebra o fato histórico do nascimento do nosso salvador. A vinda ao mundo
do Verbo Divino feito homem unindo a natureza divina a humana, o mistério da Encarnação.
O
nascimento de Jesus foi assim: “Naqueles dias, César Augusto publicou um
decreto ordenando o recenseamento de todo o Império Romano. Este foi o primeiro
recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria. E todos iam para a
sua cidade natal, a fim de alistar-se. Então, José também foi da cidade de Nazaré
da Galileia a Belém, cidade de Davi, porque pertencia a casa e à linhagem de Davi.
Ele foi a fim de alistar-se com Maria, que lhe estava prometida em casamento e
esperava um filho. Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê e ela
deu à luz ao seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na hospedaria”. (Vozes. Novo Testamento. P,
147).
Foi
numa noite silenciosa e santa que nasceu Jesus. O menino era uma linda criança
que irradiava uma luz interior, a criança que ali estava realmente era o filho
sagrado de Deus, o conselheiro o príncipe da paz, ele transmitia em seu olhar
de paz um profundo sentimento de amor divino, o nosso Salvador nascendo pobre
ensina-nos que a felicidade não se encontra nas abundancias de bens. Ele
encarnou-se em nossa historia sem ostentação alguma, pois sendo ele de condição
Divina nunca se apegou ciosamente a ser igual em natureza a Deus Pai; assim com
essa atitude nos ensinou a sermos humildes e não estar preocupados com os
aplausos dos homens.
O
natal está rodeado de uma simplicidade admirável: O Senhor veio sem aparato e desconhecido
de todos. Foi visitado pelos anjos, pastores e reis magos. Dessa forma
aconteceu o fato transcendente que une o céu a terra e Deus seres humanos.
Também podemos dizer que a alegria do nascimento de Jesus Cristo está destinada
a todos os corações humanos, é a alegria do gênero humano, Pois ele é a luz da
vida; luz verdadeira, sol e esplendor, que veio ao mundo para iluminar todos os
homens.
Dessa
forma em qualquer parte, o natal une as criaturas na mesma faixa de compreensão
e solidariedade, tal espirito torna o nosso coração mais sensível, humano, dócil,
suave, compreensível, generoso, amigo, solidário, tolerante e amoroso. Parece
que nesses preciosos instantes o ser humano abre mais o seu coração para que o
menino de Belém habite e faça morada na manjedoura da nossa existência e daí
poderemos dizer como disse São Paulo, “Já
não sou eu que vivo é cristo que vive em mim”, assim Cristo está junto de
todos, mostrando seu significado de exemplo, caridade, humildade, sacrifício e
amor ao próximo. Como seria maravilhoso se o comportamento humano fosse durante
todo o ano, igual ao natal revivendo a paz, a harmonia, a compreensão, o amor e
a profusão de bons sentimentos.
Assim
quando permitirás que nasça em ti o redentor? Ele é o caminho, a verdade e a
vida, não imagina em que nova luz de compreensão te apareceria o Cristo do Evangelho,
se dentro de ti nascesse o Cristo de tua experiência íntima, do teu encontro
pessoal com Deus. Se Cristo vivesse em tu e tu vivesses no Cristo que vida
abundante seria a tua; não caberias em te de tão feliz e a tua exuberante
felicidade em Cristo transbordaria em amor e benevolência para com todos os
irmãos.
Também
a própria natureza inconsciente receberia um reflexo desse transbordamento de
amor e felicidade. Como São Francisco de Assis, ébrio de Deus, contarias e
cantarias as glorias divina a todos os seres humanos, as plantas, as aves, aos
peixes, ao sol, a lua e as estrelas. Também dizendo, gloria a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens em todos os caminhos da sua existência.
Assim
diante do natal, que lembra a gloria na manjedoura nós te agradecemos divino
mestre, de corações voltados para o teu coração e te suplicamos algo mais!
Concede-nos Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa
coragem de seguir-te os exemplos.
Fonte
Bibliográfica:
In: A Bíblia de Jerusalém - Novo Testamento, Edições Paulinas,
1973.
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