sábado, 30 de julho de 2011
2 de agosto, Festa de Nossa Senhora dos Anjos e Renovação dos votos...
"O Seráfico Pai Francisco, por singular devoção à Santíssima Virgem, consagrou especial afeição à capela de Nossa Senhora dos Anjos ou da Porciúncula. Aí deu início à Ordem dos Frades Menores e preparou a fundação das Clarissas; e aí completou felizmente o curso de seus dias sobre a terra. Foi aí também que o Santo Pai alcançou a célebre Indulgência , que os Sumos Pontífices confirmaram e estenderam a outras muitas igrejas. Para celebrar tantos e tão grandes favores ali recebidos de Deus, instituiu-se também esta Festa Litúrgica, como aniversário da consagração da pequenina ermida".
Francisco, num determinado momento de sua vida, tinha a convicção de que estava sendo chamado a ser pedreiro de Deus. Compreendera que precisava restaurar as capelas de sua cidade que estavam caindo aos pedaços. Depois de ter feito o trabalho de arrumar São Damião e São Pedro chegou até Nossa Senhora dos Anjos. Ele gostava daquela capelinha dedicada à Mãe de Deus e resolveu “morar” por ali com seus frades. Alguns acontecimentos marcariam aquele lugar.
Lá, participando de uma missa, ouvira ele o evangelho da missão. Jesus pedia que seus discípulos fossem pelo mundo afora, com pouca bagagem, sem ouro, sem dinheiro, nem sapatos, que fossem de casa em casa, que cuidassem dos doentes, anunciassem a paz. Era isso que ele desejava. Teve a nítida certeza que seu caminho estava traçado. “É isso que eu quero, isso que busco de todo o coração”. Esse foi o dia em que Francisco abraçou o Evangelho. E depois ele e seus frades não queriam outra coisa senão dizer por palavras e gestos que o Amor que tanto nos amou precisava ser amado. Seus frades constituiriam uma fraternidade missionária. Tinha certeza que esse esclarecimento ele devia a Mãe de Deus, Maria, que segundo uma tradição costumava descer à terra com anjos naquele lugar. Esse lugar seria o único lugar fixo de seus frades... Ali Deus morava e moraria sempre.
Naquele lugar os frades deveriam viver exemplarmente: simples, despojados, atentos uns aos outros, irmãos de verdade.
Tudo seria feito sempre com a sinceridade e a generosidade do Evangelho.
Numa noite de Domingo de Ramos (1212), ali Francisco e os seus receberam uma moça bonita e chamada Clara... Os irmãos, tendo tochas acesas, a acolheram naquela noite... Francisco cortou-lhe os cabelos e a revestiu das alegres vestes da pobreza numa cerimônia luminosa e clara que foi a Consagração da virgem Clara ao serviço do evangelho. Numa noite da capelinha, da “porçãozinha” da Porciúncula, Clara começou sua discreta e belíssima vida.
Ali, naquele mesmo lugar, se realizavam os capítulos gerais, essas reuniões dos frades de todos os cantos por ocasião da festa de Pentecostes. Ali, os irmãos experimentavam a alegria do encontro, falavam das maravilhas que Deus operava através de seus trabalhos, faziam os planos para o futuro. Ali o Espírito Santo, verdadeiro ministro geral da Ordem, se manifestava a esses homens vestidos de toda humildade e pobreza.
Quando Francisco se deu conta que seu fim se avizinhava pediu que levassem seu corpo em ruínas até a Porciúncula. Deitado nu, na terra nua, ao lado da capelinha, pediu que seus irmãos realizassem a liturgia do Adeus e entregou sua vida ao Altíssimo no belo gesto de entrega de si ao Deus que se aproxima escondido naquela que o mesmo Francisco costumava chamar de Irmã Morte.
Tudo isso e muito, muito mais aconteceu na Porciúncula de Assis.
Frei Almir Guimarães, OFM
Fonte:
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sábado, 23 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
EM ARACAJÚ - SE, Sepultamento do Frei José Vieira,OFM
Paz e todo o Bem!
Frei José Vieira Santos partiu. Faleceu e foi sepultado. Fiz a comunicação do seu falecimento, lembrando que muitos confrades e amigos podem e devem acrescentar dados para melhor conhecimento do bem que o Senhor realizou por meio dele.
A muitos incomoda quando se fazem referências elogiosas aos membros da Hierarquia da Igreja. Pensam talvez em puxa-saquismo ou em visões distorcidas (que talvez a maioria ainda tenha) do Mistério da Igreja, Corpo de Cristo, Povo de Deus, em que a maior dignidade que cada um de nós tem é exatamente de ser filho ou filha do Pai do Céu, irmão ou irmã de Nosso Senhor Jesus Cristo, todos a Ele configurados pela ação do Espírito Santo no Sacramento do Batismo. Neste Povo de irmãos e irmãs, há os vários ministérios para a edificação de todo o Corpo do Senhor, ministérios "batismais" e ministérios ordenados, estes hierarquicamente arrumados, em que se destacam o Papa e os Bispos. Vale destacar o papel destes, para reforçar a obrigação daqueles, de cada um de nós na vivência do fraternidade e do serviço para com todos e todas, mormente no nosso caso de Irmãos Menores.
Frei Vieira ficou hospitalizado por quase um mês. Na terça-feira, 5 de julho, o Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, chegando de viagem do Rio de Janeiro, veio do aeroporto diretamente ao hospital, para visitar Frei Veira na UTI, depois passando no nosso convento. Só então foi para casa, para trocar de roupa e de mala, para ir ao retiro do clero em Salgado, cerca de 100km do Aracaju. Esse gesto do Arcebispo já demonstrou a consideração para com Frei Vieira, que ele nem conhecia, e para com a nossa Fraternidade Franciscana. Tendo Frei Vieira falecido pelas 3h da madrugada do dia 5, quarta-feira, consegui na Cúria o número do telefone de Salgado, e, pelas 8h30min, ao telefone, falei diretamente com Dom José Lessa, avisando-o do falecimento, e este me disse que desejava vir à Eucaristia e ao sepultamento, tentando eu deixá-lo desobrigado, pois ele estava no retiro do clero. Pelas 14h30, chegou telefonema da Cúria avisando que Dom Lessa já estava a caminho daqui. Ele chegou e presidiu à celebração da Eucaristia.
Concelebramos a Eucaristia de corpo presente, além do Arcebispo e do Chanceler da Arquidiocese, Pe. Gilvan Rodrigues, Frei José Teixeira Rodrigues (Frei Zezinho), guardião do convento do Penedo, que veio com os postulantes, e Frei Felisberto de Brito, vigário do nosso convento, que proferiu muito bem a homilia, e bom concurso dos fiéis leigos, Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmãos e Irmãs Franciscanos Seculares da nossa fraternidade local e da fraternidade de São Cristóvão, com a presença e participação de D. Conceição, mãe de Frei Vieira, de seus irmãos e irmãs, e de vários sobrinhos.
Pelo que nos foi relatado, a família de Frei Veira ficou muito edificada com seu sepultamento e muito grata à nossa Fraternidade pelo cuidado por ele em sua enfermidade e falecimento.
Dom Lessa não somente presidiu à celebração da Eucaristia, como à "encomendação" do corpo, acompanhando o féretro a pé, ao lado dos frades, ao Cemitério São Benedito, onde o corpo do Frei Vieira foi sepultado, inaugurando o mausoléu do clero recém-construido, e lá ainda entou cânticos com o povo e dirigiu sua palavra como arcebispo e pastor, enaltecendo a ação de Frei Vieira.
Faço esse destaque da atuação de Dom Lessa, para tentarmos de uma vez por todas superar os preconceitos que ainda vitimam os irmãos leigos, totalmente iguais aos irmãos padres na profissão religiosa em nossa Ordem, como também todo tipo de discriminação contra os portadores de enfermidades incuráveis que marcam com a exclusão tantos confrades já falecidos, vários recentemente, além de outros que vivem entre nós.
A atuação de Frei Vieira na catequese e na educação dos leigos, de modo especial na formação dos candidatos e postulantes em nossa Província, e ultimamente no Curso de Bíblia e nas palestas para os noivos em nossa paróquia, deixa boa lembrança e a falta sensível da sua presença.
Deus, Nosso Senhor, o recompense e coroe na Sua Misericórdia!
Frei Antônio Carlos, ofm.
EM ARACAJÚ - SE, Falecimento do Frei José Vieira,OFM
Bom dia! Paz e todo o Bem!
"O Senhor é o Pastor que me conduz, * não me falta coisa alguma!
Pelos prados e campinas verdejantes * Ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha, * e restaura as minhas forças!
Ele me guia no caminho mais seguro, * pela honra do Seu Nome!
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, * nenhum mal eu temerei;
estais comigo com bastão e com cajado; * eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa, * bem à vista do inimigo,
e com óleo Vós ungis minha cabeça; * o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me * por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei * pelos tempos infinitos. (Sl 22(23)).
Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, * desde agora e para sempre!
Ao Deus que é, que era e que inda vem, * pelos séculos! Amém!
É com profundo pesar humano, mas com a profissão de fé mais firme na Ressurreição do Senhor e também na ressurreição dos mortos e na vida eterna, que lhe passo, e peço que passe aos ex-alunos e amigos, a notícia seguinte:
Nosso caro Irmão, Frei José Vieira dos Santos, ofm, embarcou totalmente nos braços do Pai. O falecimento foi nessa madrugada, pelas 3h, na UTI do Hospital São José, das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde ele se havia internado há semanas. Estava com quase total insuficiência respiratória, com destruição de um pulmão e um grande tumor no outro. Na UTI, ficou com respiração artificial e entubado já uma semana. Administrei-lhe a Unção dos Enfermos no apartamento 102, no dia 21 de junho. Ontem à noite, foi visitá-lo o Arcebispo Metropolitano, Dom José Palmeira Lessa, que lhe deu a absolvição geral.
Já está o féretro na Igreja do Espírito Santo, do Convento de Santo Antônio, onde será celebrada a Eucaristia da Ressurreição do Senhor às 15h, seguindo depois o sepultamento no Cemitério São Benedito, na área restrita da Arquidiocese do Aracaju.
José Vieira dos Santos nasceu em 27 de junho de 1946, em Propriá, Sergipe, filho de Aloísio Santos e Maria da Conceição Vieira dos Santos. Seu pai Aloísio já faleceu há cerca de quinze anos, e seu irmão Aloísio Vieira dos Santos, além de três que precederam seu nascimento. Estão agora consternados pela partida do José, mas também gratos à Bondade Divina por tudo de bem que realizou nele e pela pessoa dele, sua mãe agora com 85 anos, e suas irmãs e irmãos: Gervásio, Maria Beatriz, Maria das Graças, Valdenice, Marly, Marcos César, Maria Helena, Maria Lúcia, Ruben.
José Vieira, filho de pescador, aprendeu do pai a arte de pescador. Pertenceu à Congregação Mariana em Propriá. Lá também aprendeu a profissão de alfaiate, que o acompanhou na vida religiosa. Inserido na paróquia e na vida eclesial, foi encaminhado por Dom José Brandão, Bispo Diocesano, e pelo Pe. José Soares, ao Convento Franciscano de Nossa Senhora, para se engajar na vida franciscana. Sua entrada oficial na Ordem dos Frades Menores foi no dia dez de janeiro de 1971, com sua vestição de noviço da nossa Província. Emitiu os votos temporários em onze de janeiro de 1972, e os votos solenes em quinze de janeiro de 1977.
Ainda como professo temporário, foi designado para ajudar ao Frei João Pereira de Sousa (Frei Majela) na formação inicial, de que Frei João era o mestre-formador dos aspirantes e postulantes. Por longos períodos atuou na formação inicial, em Pesqueira, Penedo, Maceió e Sirinhaém. Em Maceió, graduou-se na Licenciatura Plena em Estudos Sociais e História Geral. Submeteu-se à concurso e foi aprovado e nomeado como professor de História no Estado das Alagoas. Cursou também o Instituto Superior de Pastoral Catequética (ISPAC) em Salvador, e, posteriormente, várias disciplinas teológicas no ITER. Submeteu-se igualmente a concurso na área de Religião, sendo aprovado e nomeado professor. Exerceu o magistério em vários Colégios de Maceió, notadamente no da Sagrada Família, e com o seu salário garantia a manutenção dos postulantes ao seu encargo. Também exerceu o magistério e até direção de colégio em Sirinhaém.
Quando da preparação do "infeliz fechamento" de nossas casas em Maceió, trabalhou ativamente na construção do Centro de Promoção Humana de Santa Helena, situado na área de nossa antiga paróquia de Nossa Senhora do Bom Parto (2000-2002).
No Convento de Santo Antônio, do Aracaju, para onde veio em 2010, exerceu a pastoral nas Palestas para Curso Noivos, na Catequese, no Curso de Bíblia, entre outros.
Outras informações devem ser ainda acrescentadas pelos demais confrades que o acompanharam em sua vida e ação.
Todos os ex-alunos, amigos e confrades que tiverem acesso, estão convidados a participar da Eucaristia em sufrágio do Frei Vieira.
Frei Antônio Carlos, ofm.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
FORUM DOS FRADES JOVENS, Partir novamente do Evangelho: Juventude tua vida é missão!
Na certeza do repartir e partir do Evangelho que nos encontraremos durante os dias 06, 07, 08 e 09 de julho do corrente ano na cidade de Lagoa Seca – Paraíba. Ainda sobre os ecos dos últimos eventos ocorridos em nossa Província celebraremos o nosso ser frade jovem a luz da nossa vida e missão no sofrido nordeste brasileiro.
Fraternalmente,
Frei Dennys Santana Ferreira, OFM
IPUARANA: Faleceu o Frei Apolinário
Faleceu ontem no convento Santo Antônio de Ipuarana, Lagoa Seca PB, Frei Apolinário Januário de Sá,OFM nascido aos 15/12/1932 Missão Velha CE, filho de José e de Vicência de Sá.
Profissão temporária em 09/09/1956 e Profissão Solene em 09/09/1959.
"Louvado sejas, pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte. Feliz daquele que te amar a morte eterna não o o matará"
Cantico do Irmão Sol.
Profissão temporária em 09/09/1956 e Profissão Solene em 09/09/1959.
"Louvado sejas, pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte. Feliz daquele que te amar a morte eterna não o o matará"
Cantico do Irmão Sol.
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